GIULLIANE FIORAVANTI
Inovação e Empreendedorismo Startup
Equipe CLUB

Grandes e médias empresas também enfrentam a pressão de gerar sua própria Disrupção –  expandindo-se para um novo negócio ou para um novo mercado – a fim de impulsionar sua próxima fase de crescimento ou sobreviver.

Eu digo que, para ser disruptivo, empresas estabelecidas precisam ter uma capacidade de percepção holística do ecossistema de inovação, com suas ameaças e oportunidades.

E é justamente por causa de uma procrastinação corporativa, fomentada pela falsa ideia de domínio do mercado, somadas a uma falta de percepção de novas oportunidades e ameaças, que temos visto, muitas vezes, grandes empresas estabelecidas perderem o seu market share para empresa novatas e até mesmo deixarem de existir.

Com o custo da de tecnologia caindo drasticamente, e com a democratização através das mídias sociais, nunca existiu tanta oportunidade como agora para as pequenas empresas conquistarem os seus holofotes e capturarem a participação de mercado de empresas até então estabelecidas.

O ritmo da inovação mudou completamente. Você precisa inovar mais rapidamente e existem todos os tipos de novos participantes em seu ecossistema. Uma empresa nova pode chegar desapercebida e causar uma enorme perturbação abocanhando uma bela fatia do seu mercado.

Mas o que leva muitas vezes as startups a terem vantagens em relação as empresas dominantes? E quais seriam ainda os pontos fortes das empresas estabelecidas em relação as startups?

As startups costumam ser mais ágeis, inovadoras e ativas. Devido a inexistência de processos engessados e pesadas burocracias, elas se adaptam e se movem rapidamente.

Por outro lado, as empresas incumbentes, apesar de serem menos ágeis ou inovadoras, possuem ativos financeiros (CAPITAL), conhecimento do mercado, capacidade para escalar seus produtos, reputação e marcas bem estabelecidas, além de relacionamentos duradouros com clientes e outros parceiros.

Diante das diferenças existentes e considerando suas características complementares, seria possível uma iniciativa de colaboração do tipo ganha-ganha entre empresas incumbentes e as startups novatas?

Certamente que sim!

Quando uma grande empresa faz uma parceria com uma startup, o resultado deve ser do tipo ganha-ganha.

As empresas possuem recursos e legitimidade que as startups aspiram, enquanto as startups têm agilidade e idéias inovadoras que as empresas valorizam.

Por outro lado, a startup deve ver essa parceria não apenas como possibilidade de acesso a capital, mas também como acesso ao ecossistema produtivo (incluindo clientes, técnicos da própria empresa e fornecedores), e acesso a valores intangíveis de marca e posicionamento.

No Brasil, vemos diversas ações em conjunto de grandes empresas que, sem desativar centros de pesquisas internos, abriram possibilidades de cooperação com startups como incentivo à inovação.

Para inovar tendo acesso ao mundo das startups, a Votorantim promoveu, em 2017, o 1º Ciclo Open Innovation com a participação de 107 startups. A startup vencedora foi a GeoInova com um projeto de gestão digital de territórios, o VC Maps. Com esse ganha-ganha, a companhia Votorantim reduziu 80% do custo de monitoramento de territórios, já que gastava R$ 1,4 milhão por mês e agora desembolsa R$ 228 mil.

Na Unilever, o incentivo à inovação começou com a inauguração de um espaço próprio colaborativo para 80 pessoas, a Garagem de Inovação, visando o desenvolvimento de soluções para as áreas de tecnologia, informação, suprimentos, comércio eletrônico e vendas.

A Renault, começou participando de um hackathon promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), com o tema “carro conectado”, e depois organizou eventos próprios para possibilitar uma aproximação junto ao ecossistema de startups.

A GOL Linhas Aéreas optou pela abertura de uma incubadora independente (a GOLLabs) para acelerar o lançamento de produtos e manter contato com startups e aceleradoras visando a possibilidade de compra de produtos desenvolvidos por startups ou parcerias.

Esses são apenas alguns dos casos de parcerias estabelecidas. Como vemos, as oportunidades são tremendas para ambos os lados.

E aí, ficou interessado? O CLUB pode facilitar a abertura da sua empresa para o ecossistema de Inovação na área de Logística e Mobilidade através de eventos Hackathons, desenvolvendo laboratórios de cocriação e facilitando parcerias com Startups.

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