GIULLIANE FIORAVANTI
Inovação e Empreendedorismo Startup
Equipe CLUB

Em janeiro do ano passado, eu tive a honra de ver minha startup de Logística Redetruck, ainda em estágio inicial, ser selecionada para o programa VIP de incubação de Startups do laboratório de Inovação de Harvard.

O programa de incubação para Startups no “Harvard Innovation Labs” é um programa de um semestre, que pode se estender por um ano, e que foi criado com o objetivo de alavancar o ecossistema de Inovação, apoiando alunos e ex-alunos de Harvard no mundo do empreendedorismo.

Desde o seu lançamento em 2011, mais de 38.000 alunos de todas as 12 escolas da Universidade de Harvard experimentaram os programas de Inovação, 1.600 empreendimentos foram incubados e US$ 2,7 milhões foram distribuídos em fundos.

As equipes inscrevem seus projetos a cada semestre no programa, que combina orientação, workshops e comunidade. Quando são aceitos no programa (a taxa de aceitação gira em torno de 30%), as equipes automaticamente podem frequentar o espaço de coworking, participar de eventos e mentorias.

O Ecossistema de Inovação de Harvard se divide em 3 programas diferenciados:

  • O i-lab, um espaço dinâmico e completo para os atuais alunos de Harvard interessados em buscar a inovação e o empreendedorismo.
  • Launch lab X GEO, uma aceleradora dentro do i-lab para ex-alunos de Harvard que lideram empreendimentos promissores em estágio inicial.
  • O Pagliuca Harvard Life lab para alunos, professores e ex-alunos de Harvard que trabalham em startups com o foco em “life science” e biotecnologia.

Minha experiência no i-lab

Com direito a uma enxurrada de eventos e atividades voltadas para ventures em estágio inicial, e a oportunidade de aprender com especialistas e mentores reconhecidos de diversos setores, o i-lab se tornou o ponto de partida para minha primeira aventura no universo da inovação. A cultura de Inovação e Empreendedorismo está disseminada desde os programas de graduação da universidade.

Alunos de Harvard em um dos Hackathons promovidos pelo Harvard i-lab

É muito comum você encontrar alunos em seus primeiros anos de graduação, que já possuam mais do que uma venture. Ou até mesmo, integrantes de times do i-lab nomeados em listas da “Forbes under 30”.

Mas afinal, como o i-lab difere das incubadoras e programas aceleradores?

O i-lab não se preocupa apenas em lançar novas ventures. O trabalho está centrado principalmente em fomentar a inovação, e apoiar as startups nas fases iniciais do processo; desde a concepção da idéia, passando por etapas de desenvolvimento do “Business Model Canvas” e o “Value Proposition”,  Desenvolvimento do MVP (Produto Mínimo Viável),”Entendendo seu Cliente”, Técnicas de apresentação do Pitch Elevator, de acordo com a sua audiência, Projeções financeiras, Discussão sobre questões legais e operacionais para startups, e como conseguir possíveis fontes de financiamento (Angels, VCs, etc). Todas as sessões ministradas por pessoas que realmente lançaram ou estiveram envolvidas em empreendimentos de sucesso.

 

Eu e meu co-founder em um dos workshops ministrados no Harvard i-lab

Painel com Ventures no i-lab

E se você me perguntar o que mais me marcou em toda essa experiência, e o que eu levo para a minha vida de empreendedora?

Eu vou te dizer que foi um poderoso insight vindo da ex-diretora do Laboratório de Inovação, Jodil Goldstein, respondendo sobre qual seria a maior lição que ela havia recebido como empresária e inovadora ao longo de toda a sua carreira; e a resposta dela realmente me fez refletir, e me faz seguir todos os dias nessa empreitada.

Jodil Goldstein disse: “(…) Na verdade, é preciso fazer algo assustador todos os dias. Eu diria que, se você não falhar, não estará se expondo a oportunidades emocionantes. Particularmente estudantes de Harvard – não acho que muitos deles tenham experimentado o fracasso e eles precisam se sentir muito confortáveis com isso, porque se você quer ser um empreendedor, precisa se acostumar a falhar e inovar, aprender e dinamizar. Aprendi muito mais com meus fracassos do que com meus sucessos e incentivo isso aqui (em Harvard) diariamente. Temos que ser treinados para assumir riscos (…)”.

E assim eu sigo, buscando algo assustador em todos os meus dias, e abraçando os meus desafios de empreendedora; sem desprezar os dias dos pequenos começos.