DANIEL ZURRON
Gerente de Logística Integrada na Kuehne + Nagel

ORLANDO FONTES LIMA JÚNIOR
Professor Titular da UNICAMP

Coordenador do LALT (Laboratório de Aprendizagem em Logística e Transportes)

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Muitas são as dúvidas quando se planeja implementar uma SCCT Supply Chain Control Tower .No quadro a seguir são listadas uma serie destas perguntas. São todas perguntas absolutamente relevantes e as respostas irão deixar mais claro o melhor caminho a ser seguido. Recomenda-se o uso de técnicas e ferramentas para mapeamento de cenários e riscos para tomada de decisão. Como estamos falando de um momento futuro, há que se considerar o horizonte de tempo em questão e que tanto a empresa quanto o mercado não são estáticos. Portanto, lançar mão de técnicas de foresight e planejamento estratégico são recomendáveis também.

Nesse momento já se conhece bem quais são os objetivos, os principais drivers e já se tem uma boa noção da conexão com a estratégia da empresa. Hora de decidir que caminho seguir. Então partimos para o entendimento das soluções possíveis de SSCT baseadas em diferentes níveis de maturidade.

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Critérios para decisão sobre implementação de uma SSCT

Figura 1: Critérios para decisão sobre implementação de uma SSCT (Elaboração própria)

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Níveis de Maturidade de uma Torre de Controle (elaboração própria)

Figura 2: Níveis de Maturidade de uma Torre de Controle (elaboração própria)

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Tomadas de decisão em uma Torre de Controle

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Nível 1 – Visibilidade: é onde a maioria das empresas está. Geralmente se restringem à implementação de uma central de controle de tráfego utilizando-se de ferramentas de monitoramento de veículos para acompanhamento dos embarques.

Nível 2 – Alertas automáticos: já há a incorporação de tecnologias que permitem, a partir de um cadastro prévio de parâmetros definidos, a identificação de ocorrências fora da margem de tolerância de variação e geração de alertas automáticos. Podem abranger alertas não apenas de eventos em transporte mas também riscos de ruptura de abastecimento (atingimento do mínimo de estoque de segurança, por exemplo, ou não conformidades mais gerais como o risco ou o efetivo atingimento do lead time máximo de uma determinada operação (tempo de carregamento, lead time de transporte, de desembaraço de carga, cotas pré-definidas,etc.).

Nível 3 – Suporte a decisão: a solução implementada tem funcionalidades de, baseado nos riscos ou reais desvios já ocorridos, executar análises de impacto e simulações que suportem uma tomada de decisão. São soluções que já agregam soluções de inteligência artificial, simulações dinâmicas e conseguem mapear todas as variáveis envolvidas e definir cenários viáveis.

Nível 4 – Decisões autônomas: sistemas e algoritmos avançados tem um nível de confiabilidade tal que podem executar ajustes na operação de maneira autônoma, dentro de limites de anuência pré-estabelecidos. Normalmente, além de IA, há aplicações de Machine Learning, redes neurais, etc.

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Capabilidades requeridas para cada nível de maturidade de uma Torre de Controle

Figura 3: Capabilidades requeridas para cada nível de maturidade de uma Torre de Controle

ORTEC. How Optimization boosts Transportation Control Tower. A Transportation Logistics Special Report. By Ronald Buijsse, Goos Kant and Theodoor Torn. May/2019. Pagina 5.

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Caso deseje se aprofundar nesta discussão veja o nosso artigo Supply Chain Control Tower (SCCT) : O que é e como melhorar suas operações com ela, publicado na edição de janeiro de 2021 da revista MundoLogistica.